Famílias de irmãos na PM da Paraíba

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        As famílias de irmãos na PM da Paraíba, que como já definimos, de maneira figurada, em outros trabalhos aqui  publicado, constituem  uma forma de dinastia de famílias de policias militares. A lista aqui apresentada é apenas exemplificativa, pois, por certo, existem muitas outras que das quais não conseguimos informações suficientes para esses registros.

      Em continuidade ao registro de famílias tradicionalmente integradas por Policiais Militares, vamos enfocar algumas das que são já se encontram na terceira geração na PM/PB.

      No decorrer das décadas de 1920 a 1950 existiram na Polícia Militar três irmãos Fernandes.  O Coronel Elias Fernandes, que foi Comandante Geral, várias vezes, e teve importante participação nas lutas que a Corporação teve em São Paulo, em 1932 na revolução constitucionalista, e em Natal, na intentona Comunista, em 1935. O Coronel José Fernandes da Silva, que também participou desses mesmos acontecimentos. O Subtenente Cícero Fernandes, que passou para a reserva no posto de 2º Tenente.  Esses policiais militares eram tio avô de Vaumir do Nascimento Fernandes, que também foi Coronel da PM (Aspirante de 1975, formado na Bahia), integrou o Quadro de Combatentes e depois passou para o Quadro de Saúde na condição de Médico psiquiatra.  O Coronel Vaumir é o pai do Major Vagner Fernandes e do Capitão Guilherme Herculano Fernandes, ambos com destacadas atuações em atividades operacionais no âmbito da Corporação. Também é filha do Coronel Vaumir, o Soldado Bombeiro Militar Eva Vilma Herculano Fernandes.

 

Antônio Costa Filho foi Aspirante a Oficial em 1958 e seu irmão Arnaldo da Silva Costa, alcançou a mesma situação em 1967. Ambos chegaram ao Posto de Coronel e gozaram de muito prestígio na Corporação graças ao preparo técnico e intelectual que adquiriram ao longo da carreira. Antônio Costa foi um dos mais atuantes Presidentes do Clube dos Oficiais e foi pai de Cláudio Costa que foi Capitão da PM e deixou a Corporação para ingressar na Polícia Federal, como Delegado.

 

Outro caso que constituiu o que aqui denominamos de dinastia policial é a família Simões, formada inicialmente por quatros irmãos: Gilson Simões, que faleceu no Posto de Major, e foi um dos Oficiais mais operacionais da sua época; Jonas Simões, um exemplo de dignidade profissional que foi para reserva no Posto de Coronel; Gilberto Simões, do Quadro da Administração, que passou para a reserva no Posto de Capitão, tendo se notabilizado como instrutor de Educação Física na Unidade de Ensino da Corporação; e o Sargento Simões, este ainda no serviço ativo.

 

       O Capitão Gilberto Simões é pai do Capitão Cassimiro Simões, que se encontra em atividade. O Major Gilson Simões é pai dos Capitães Eliel Simões e Elaine Simões, e do Cabo Eleilton, todos no serviço ativo. Todos os integrantes da família Simões são vibradores e muito dedicados à causa policial militar. Embora a maioria dos seus integrantes tenha feito carreira no Corpo de Bombeiros, a família Rufino começou na Polícia Militar. Antônio Rufino foi Subtenente, e exerceu durante muito tempo atividades internas na Corporação e teve três filhos que ingressaram na Polícia Militar: Ednaldo Tavares Rufino, um dos Oficiais mais preparados tecnicamente e em termos intelectuais da sua época, e que alcançou o Posto de Coronel e foi Subcomandante Geral, funções em que veio a falecer; Edmilson Tavares Rufino, mas conhecido como Sargento Mica, era um policial de muita habilidade operacional, e faleceu no serviço ativo, no posto de 1º Tenente; Walber Tavares Rufino, que iniciou a carreira na Polícia Militar, mas como sempre prestou serviço no Corpo de Bombeiros, passou a pertencer àquela Corporação depois que ela se tornou independente, atualmente ocupa o Posto de Coronel e é um técnico de reconhecida  qualificação profissional na sua área.  Edmilson Rufino é pai do Tenente Jailson Sales Tavares e do Tenente Coronel Josilene Sales Tavares, ambos do Corpo de Bombeiro, onde gozam de elevado conceito.  O Coronel Walber Rufino é pai do Tenente Thales Pann Souza Rufino, também do Corpo de Bombeiros.

 

Outra tradição de integrantes da mesma família na Policia Militar começou na década de 1940 com o ingresso na Corporação de Manuel Alencar que chegou ao Posto de Capitão e faleceu ainda no serviço ativo. Alencar foi pai de Rubens Inácio Soares de Alencar, Rutinaldo Alencar e Robson Alencar. Todos chegaram ao Posto de Coronel e exerceram Comando de Unidades Policiais.  Rubens Alencar é pai de Juliana Carla da Silva Alencar, atualmente no Posto de Capitão prestando serviço na Diretoria de Apoio Logístico.

 

Joaquim Galdino de Souza assentou  praça na PM em 1943 e passou par a reserva em 1968, no Posto de 2º Tenente. Posteriormente seus filhos Marcos Assis de Souza e Marinaldo Assis e Souza também ingressaram na Corporação e chegaram ao Posto de Coronel. Marco Assis é pai de Thiago de Assis Magalhães de Souza, que atualmente está fazendo o Curso de Formação de Soldados. Mayara Rachel Bezerra de Souza, uma das filhas de Marinaldo, também seguindo a aptidão policial ingressou na Polícia Civil onde ocupa as funções de Escrivã.

A família Borba na Polícia Militar foi formada inicialmente pelos por irmãos: Valderêdo Borba de Souza, Vilson de Souza, Walter Lins de Souza e José Valter Dutra de Souza. Os dois primeiros chegaram ao Posto de Coronel e já passaram para a reserva, depois de Comandar Unidades policiais no interior do Estado e exercer outras importantes funções. Vilson Dutra é pai do Cabo Edielk Valmery Alves de Souza, que presta serviço no 5º Batalhão. José Valter foi Sargento, passou para a reserva no posto de 2º Tenente e é pai de Vagner Dutra Brasil, que é Soldado.

     Atualmente Walter Lins, um oficial de alta qualificação profissional, é Tenente Coronel e já ocupou importantes funções de Comando. Integra ainda esse grupo familiar o Cabo José Dutra de Souza, o primeiro da família a integrar os quadros da Corporação, e seu filho Gilvan Dutra de Souza, que passou para a reserva como Tenente. Também faz parte desse grupo o Sargento Edes formada por irmãos, filhos e sobrinhos é a constituída pelos irmãos Coronel Ardnildo Morais dos Santos, e Sargento  Dutra Crispim, que é primo dos Coronéis Dutra. Outra família de policiais militar Edmilson Morais dos Santos, ambos na reserva, e o Subtenente Armando Morais dos Santos, que presta ainda serviço no Hospital Edson Ramalho.

       O Coronel Ardnildo prestou relevantes serviços à Corporação, sendo um dos grandes responsáveis pela criação do atual sistema de Ensino da Polícia Militar, destacando-se pelo trabalho que realizou, por muitos anos, no Comando do Centro de Ensino.  Ardenildo é o pai do Tenente Coronel Arnaldo Sobrinho, um dos Oficiais superiores da Corporação de melhor preparo técnico e intelectual da atualidade. Também são filhos de Ardenildo o Capitão Adenilson Morais e o Sargento Adilson Morais, ambos ainda em atividade e prestando bons serviços.

 

Entre as muitas famílias de policias formadas só por irmãos podemos citar os seguintes casos: - Manuel Benício e Antonio Benício, Oficiais que serviram à Corporação nas décadas de 1910 a 1940 e que prestaram relevantes serviços no combate aos grupos de cangaceiros, comandando as famosas Patrulhas Volantes e mas lutas de Princesa, em 1930, contra os grupos armadas do Deputado José Pereira e Natal em 1935, na Intentona Comunista.; - Nivaldo Correia de Oliveira, e Edvaldo Correia que foram Coronéis e Everaldo Correia que foi Capitão no Quadro de Oficiais da Administração; - Macedônio Mariano de Oliveira e Manuel Mariano de Oliveira, que foram para a reserva no Posto de Tenente Coronel e tiveram importantes participações no Comando da Operação Manzuá; - Afonso Gomes de Carvalho e Itamar Gomes de Carvalho, que foram Coronéis e Comandaram Unidades policiais;

 

- No serviço ativo temos os casos do Major Neubom Nascimento de Lima e do Capitão Gutemberg do Nascimento e  ainda o caso do Tenente Coronel Onivan Elias, um dos Oficiais de mais elevado preparo técnico profissional da Corporação, o Capitão Onierberth Elias, que entre os grandes feitos na sua brilhante carreira, consta o fato de ter participado de uma missão de paz no continente Africano;

 

- Ainda nessa situação temos o Tenente Coronel Carlos Roberto de Sena e do Capitão Luiz Alberto da Silva de Sena, dois ilustres Oficiais que contam com extensas folhas de bons serviços prestados á Corporação.

 

Ainda com essas características de família registramos o caso dos primos Cabral de Vasconcelos.  O coronel José Arnaldo Cabral de Vasconcelos, Oficial do Exército, foi Comandante da Polícia Militar de 21 de janeiro de 1939 a 16 de agosto de 1939. O Coronel Glauber Cabral de Vasconcelos, também do Exército, foi Comandante de 16 de marco de 1971 a 15 de março de 1975. O Coronel Geraldo Cabral de Vasconcelos, Oficial da própria Corporação, foi Comandante de 1 de agosto de 1986 a 10 de dezembro de 1986.

  Veja também   Dinastia policial: A família Dutra Dinastia familiar policial: Famílias de Comandantes   Dinastia policial: A família Benício Dinastia policial militar: A família Lordão  

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3 Comentários em "Famílias de irmãos na PM da Paraíba"

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Bombeiros em Filatelia
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Obrigado pela lembrança.

MARCIA ANDREA CORDEIRO DE ARAUJO
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MARCIA ANDREA CORDEIRO DE ARAUJO

Sou a Márcia Cordeiro, filha do Coronel Cordeiro. Irmão caçula do Coronel Raimundo, pai do Coronel Ramilton.
Fiquei feliz ao ver as histórias do meu tio e do meu primo Coronel Maquir.
No entanto senti certa frustração por não encontrar a história e legado do meu pai. (Manoel Cordeiro de Araújo), bem como de muitos outros irmãos que fizeram história na Polícia Militar da Paraíba.
Desde já agradeço a atenção.