A criação do serviço de Rádio Patrulha na Paraíba

Compartilhe!

       A criação do serviço de Rádio Patrulha na Paraíba ocorreu durante o Comando do Coronel Glauber Cabral de Vasconcelos. Foi a época do uso das Viaturas “fusquinhas”.  Na mesma época tiveram início os policiamentos de trânsito e Policiamento Ostensivo a pé. Essas atividades começaram simultaneamente em João Pessoa e Campina Grande. Aqui vamos narrar alguns detalhes desse importante acontecimento na história dessa corporação.

Aquisição de Viaturas e Equipamentos

     Através de gestão do Coronel Glauber Cabral junto à Direção do Banco do Brasil, em 1972, o Estado contraiu um empréstimo de Cr$ 515.000,00 cujo valor foi aplicado na aquisição de veículos e equipamentos para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O Comandante Glauber, representando o Estado, assinou o contrato desse empréstimo, o que expressa o seu prestígio junto ao Governador.

       Ainda com esses recursos, em 1973,  foram adquiridos 30 automóveis Wolkswagner, o conhecido fusquinha. Cada um desses veículos custou aproximadamente Cr$13.000,00, o equivalente a 40 Salários mínimos da época.

      Foi também adquirido todo material necessário para instalação de duas Centrais de Operações com equipamentos de Rádios Transceptores, fixos e móveis, seno uma em João Pessoa e outra em Campina Grande. Todos os veículos foram equipados com Rádios Transceptores e caracterizados, inclusive os do Corpo de bombeiros.

       A criação dos serviços de Rádio Patrulha, Policiamento Ostensivo, e Policiamento Motorizado de Trânsito

    Enquanto esse material era adquirido e instalado, foi realizada uma seleção de Praças e Oficiais para compor o serviço de Rádio Patrulha, em João Pessoa e Campina Grande.  Esse efetivo passou por um treinamento específico. Como parte dessas atividades, alguns Oficiais e Praças fizeram estágios na Rádio Patrulha da PM de Pernambuco.  O próprio Comandante Glauber foi conhecer o funcionamento da Central de Operações da PM de São Paulo.

    Assim, no dia 15 de março de 1973, em solenidade realizada em frente ao Palácio do Governo, foi inaugurado o serviço de Rádio Patrulha em João Pessoa, que contava diariamente com 8 Viaturas Fuscas, sob o Comando do Capitão Manuel Paulino da Luz.

        Na mesma data esse serviço foi inaugurado em Campina Grande, com 6 Viatura, sob o Comando do 1º Tenente Ramilton Cordeiros de Morais. Esses serviços eram coordenados por uma Central de Comunicações instalada no Quartel.

   Em cada uma dessas cidades havia duas frotas de Fuscas, que rodavam se reversando.

     Paralelo à implantação do serviço de Rádio Patrulha, foram intensificados os Policiamentos de Trânsito e retomado o Policiamento a pé no Centro da Cidade.

     A Companhia de Trânsito foi instalada em dependências do prédio do DETRAN, que na época era em Jaguaribe, onde depois foi erguido o atual Tribunal de Contas. Naquela oportunidade o Comandante da Companhia era o então Tenente Francisco Martins, que recebeu dois Fuscas para execução desses serviços. Na essência esse trabalho era efetuado nos semáforos, que eram manuais.

   A Companhia de Policiamento Ostensivo, Comandada pelo Capitão Ednaldo Rufino, recebeu um maior efetivo, novo fardamento e duas Viaturas tipo jipolas para fiscalização dos serviços, o que deu um maior impulso a essas atividades.

     O mesmo ocorreu em Campina Grande, com um Pelotão de Trânsito Comandado pelo Tenente João Soares de Santana, que passou a dispor de dois fuscas para esse fim. Também tiveram inicio as atividades de um Pelotão de Policiamento Ostensivo sob o Comando do Tenente Severino Medeiros.

     Complementando o sistema de comunicações administrativas e operacionais da Corporação, foram instalados Equipamentos de Rádio Transceptores do tipo SSB nos quatro Batalhões o que permitiu ligações rápidas e seguras entre as Unidades operacionais.

    Essa frota de Fusquinhas complementou a frota já existente. As viaturas tipo Veraneios só chegaram nos anos seguintes.

Compartilhe!