PM da Paraíba: Celeiro de valores para outras instituições.

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              A PM da Paraíba é um celeiro de valores para outras instituições. Essa é uma assertiva que pode ser constatada percebendo-se a quantidade de ex-integrantes dessa corporação que ingressaram em outros setores público e neles alcançaram posições de destaque. Vamos relatar alguns casos desse tipo que bem ilustram essa afirmativa.

          A Polícia Militar da Paraíba tem sido um permanente celeiro de valores para outras instituições.  São muitos os Oficiais e Praças dessa Corporação que, em busca de uma melhor remuneração, migraram para outros órgãos públicos através de aprovação em concursos. São as funções de Juízes, Promotores, Defensores Públicos, Delegados de Polícia, Professores Universitário, Agentes Fiscais, e outras atividades que, em razão de oferecerem um melhor retorno financeiro, têm atraído policiais militares ao longo dos últimos cinquenta anos.
         Essa evasão começou no início da década de 1960 quando dois Tenentes da 1ª turma do CFO cuja seleção foi aberta a candidatos civis, e que foi encerrada em 1958, ingressaram na Magistratura. Foram: o Tenente Lavoisier Nunes de Castro aprovado em concurso para Juiz de Direito no Rio Grande do Norte, e o Tenente Josias Figueiredo de Sousa para Juiz do Trabalho no TRT de Pernambuco. Ambos alcançaram o posto mais alto da careira.   Na mesma época o Capitão Rui EloY ingressou na Justiça do Trabalho, função que acumulou com a de Professor da Universidade Regional de Campina Grande, atual UFCG Egresso dessa Corporação também ingressaram na Magistratura: No de correr da década de 1970, o Capitão Manuel Paulino da Luz, que foi Juiz e Desembargador na Paraíba;   O Tenente Coronel Ambrósio Agrícola Nunes, na década de 1980, e o Capitão José Antonio Alves de Souza Alves, na década de 1990, ambos na Justiça Estadual de Pernambuco.  
         O Ministério Público foi outra instituição que recebeu em seus quadros integrantes da PM da Paraíba.   Ingressaram nessa instituição: o Capitão José de Souza Neves, maestro da Banda de Música, (27 de agosto de 1982)  e o Sargento José  Paulino, no começo dos anos de 1980;  os Capitães José Farias de Souza e Aluízio Bezerra Cavalcanti, e Henrique Cândido, no decorrer da década de 1990, todos no Ministério Público da Paraíba.
           Ainda naquela década ingressou no Ministério Público do Rio Grande do Norte o Capitão da Reserva Remunerada Gerson Barbosa de Souza, que por vários anos foi Promotor do Júri na Comarca de Natal. O Quadro  de Delegados da Polícia Federal recebeu o Capitão Givaldo da Silva, no início da década de 1970  e o Capitão Cláudio Costa, no decorrer da  década de 1990.
        O Capitão George da Silva Ribeiro foi outro Oficial que também deixou a corporação para ingressar no Quadro de Defensores Públicos, no decorrer dos anos de 1990.
         A Polícia Civil da Paraíba também recebeu Policiais Militares em seu Quadro de Delegado onde ingressaram ao longo dos anos 1980 e 1990: O Subtenente Severino Paiva, os Sargentos Paulo Josafá de Araújo, Ivaldo Pedro Dias, Jordão Moreira, Pedro Benjamim, João Vicente, Severino Sena e Francisco Araújo, e o Soldado Carlos Alberto, entre outros.
         Os Sargentos Martinho Moreira e Luiz Agripino Ramos também fizeram parte do Quadro da Delegados da Polícia Civil da Paraíba e depois ingressaram no Ministério Público.
      Ainda nos Quadros  da Polícia Civil, em 1985 e 1986 ingressaram 42 Soldados recém formados, que haviam sido aprovados em concursos internos para Agente. Era o início da estruturação da Polícia Civil. A maioria desse pessoa ainda estava em atividade no início de 2013.
         Os Quadros de servidores e professores da Universidade Federal da Paraíba, nas décadas de 1970 e 1980, receberam os seguinte integrantes da Polícia Militar: Os Capitães Francisco Martins da Silva, Raimundo Notado e Severino Oliveira, todos  como professores e o Tenente Josafá Alves de Lima,  como Contador. O Capitão Flávio de Oliveira Silva, que entre outras funções, foi Diretor do Colégio da Polícia Militar, deixou a corporação, em 2005, para ingressar como professor de Filosofia na Universidade Estadual da Bahia.
       O Tenente Elias Rodrigues, em 1978, ingressou no Quadro de Agentes Fiscais do Estado. O Capitão Sebastião Pereira de Paiva, primeiro lugar no primeiro CFO realizado no Centro de Ensino da Paraíba, deixou a corporação e ingressou na Justiça Federal como Oficial de Justiça, em 2005. O Tenente Nilton Cezar da Costa Ferreira, também deixou a corporação para  ingressar na Justiça Federal, em 2012, como Técnico Judiciário.
      Vários Alunos do CFO deixaram a corporação ainda durante o Curso em razão de terem sido aprovados em outros concursos, que, por certo ofereciam melhor remuneração. O quadro de professores da rede estadual de ensino também absorveu muitos integrantes da Polícia Militar entre Oficiais e Praças.  A rede particular de ensino também contribui nesse processo de evasão.  Foi o caso, por exemplo, do Tenente Edson  de Oliveira Pina, que em 1984 deixou a corporação para exercer funções nessa área.

       Atualmente com o aumento da quantidade de concursos públicos e a cada vez melhor preparação intelectual dos novos milicianos, naturalmente ávidos por melhores oportunidades, a tendência é o aumento dessa evasão, que se dá essencialmente em razão dos vencimentos da corporação. Recentemente registramos um caso desse tipo no Quadro de Saúde.

 
Veja também   Da farda à toga Histórico da formação profissional na PM da Paraíba.                    

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1 Comentário em "PM da Paraíba: Celeiro de valores para outras instituições."

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Ugo Bezerra
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Não só para outras instituições como também, no caso da música, para o mundo.
São exemplos o grande Joaquim Pereira de Oliveira; Moacir Santos (que apesar de ter nascido em PE tocou na Banda da PM-PB)e Severino Araújo.