A mão acolhedora é a denominação informal dada a uma das várias esculturas postadas no pátio do Quartel do Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba, localizada no Bairro de Mangabeira, em João Pessoa. É um trabalho de arte que representa um sentimento, talvez inconsciente, dos policiais militares e que expressa um dos muitos valores absorvidos por esses profissionais no processo de condicionamento que caracteriza suas formações. Neste texto, de forma breve, vamos focar a nossa atenção para esse conjunto de expressões de arte,
A cultura militar é plena de símbolos que enfocam aspectos do cumprimento do dever dos integrantes dessa classe de profissionais. Bandeiras, hinos, toques, formaturas, insígnias, divisas, distintivos, gritos de guerra, continências e outros sinais de respeito, são alguns dos exemplos desses símbolos que integram e regulam a vida do militar. Na essência esses símbolos são estabelecidos formalmente em Leis ou Regulamentos, portanto, obrigam a todos os militares.
Entretanto, por variadas circunstâncias, no âmbito da cada Corporação naturalmente surgem símbolos que, por representarem valores por todos reconhecidos, são absorvidos pelos que fazem parte da instituição.
Esse fenômeno ocorre na Polícia Militar da Paraíba, como nas demais coirmãs. O símbolo informal que aqui vamos fazer referência é apenas um dos muitos que, conscientemente ou não são preservados por todos.
No amplo pátio do Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba, , estabelecimento onde são formados, treinados e aperfeiçoados os integrantes de todos os níveis dessa Corporação, existem diversos monumentos, mensagens e gravuras que representam situações relacionadas com a vida dos policiais militares.
Entre essas valiosas obras de arte, uma que está localizada em uma Pracinha em frente ao Auditório e à Biblioteca daquele Centro, chama a atenção de quem visita ou transita naquele local. É uma escultura que podemos denominar de “A mão acolhedora”.
A obra é uma mão gigante onde está caído, ferido ou morto, um policial, fardado, com todo equipamento e armamento. É uma cena chocante, mas que enseja profunda reflexão sobre a missão dos integrantes do sistema de segurança pública. Entre outros significados, a obra pode expressar a expectativa do policial de ser acolhido pela mão gigante do ser divino se o cumprimento do dever lhe colocar em situação de sacrifício extremo.
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