A perspectiva de vida dos Policiais Militares da Paraíba

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A perspectiva de vida dos Policiais Militares da Paraíba e de 3 anos a menos que a dos  demais homens do Estado.  Essa é a conclusão  deste trabalho quer resulta de  uma pesquisa fundada em documentos oficiais da PM e comparativos com dados fornecidos pelo IBGE.

    A média nacional de perspectiva de vida no Brasil em 2017 foi de 72,5 anos para homens e 79,6 para mulheres, segundo dados do IBGE. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/expectativa-de-vida-do-brasileiro-cresce-e-mortalidade-infantil-cai). Vê-se, pois que, em média as mulheres no Brasil vivem 7 anos a mais que o homens.

     Esses dados variam de Estado para Estado. Na Paraíba, ainda em 2017, a média de vida das mulheres foi de 77, 4 anos, enquanto a dos homens foi de 69,6. (https://www.portalt5.com.br/noticias/brasil/2018/11/163270-expectativa-de-vida-na-paraiba-e-de-73-anos-diz-ibge).

       Uma pesquisa minuciosa realizada no Tenente Coronel Onivan Elias, da Polícia Militar da Paraíba, fundada em dados oficiais, relaciona todos os integrantes dessa corporação, ativos e inativos, falecidos no período de 2016, 2017, e 2018 e registra, entre outros importantes dados, o tempo de serviço, a idade e o sexo de cada um dos falecidos. (Transcrito em parte ao final).

         Nesse estudo verificamos que no período em referência ocorreram 283 óbitos, todos do sexo masculino, e que a soma da idade de cada falecido foi de 18.847, ou seja, a média foi de 66,6.  (66 anos e 6 meses).

            Portanto, os policiais militares da Paraíba então vivendo, em média, três anos a menos que os demais homens desse Estado. conforme quadro  abaixo.

            Ressalte-se, porém, que quando analisamos esses dado ano a ano, verificamos que ocorreram modificações relevantes na média de idade dos falecidos assim com no percentual dos falecidos na faixa etária de 51 a 60 anos, como se ver a seguir ( Ver Relaões na parte final)

   Vê-se, assim, que quando ocorre aumento de falecimentos na faixa etária dos 51 a 60 anos,   reduz a média geral  de idade desses  acontecimentos

       Em postagens anteriores publicadas neste site nos meses de janeiro de 2015 e de 2016, (LINK) abordamos este tema, porém trabalhando com amostragens, pois naquelas oportunidades só contávamos com dados fornecidos pela Caixa Beneficente de Oficiais e Praças da PM/BM que eram baseados nos pecúlios pagos aos familiares dos sócios falecidos. Mesmo assim aquelas informações representavam mais de dois terços dos dados reais, o que constitui uma significativa amostragem. Mas convém analisa-los com cautelas e priorizando a validade os dados atuais.

    Em janeiro de 2018, também em artigo aqui publicado, voltamos a tratar dessas questões, porém agora com dados constantes nas já mencionadas pesquisas do Tenente Coronel Onivan Elias nas quais estavam registrados os falecimentos de Policiais Militares da Paraíba ocorridos em 2017.

        Os dados que agora analisamos são censitários, ou seja, registram todos os falecimentos de integrantes dessa corporação, ocorridos no período de 2016 a 2018, colhidos em fontes oficiais, e envolvendo o pessoal ativo e os inativos. Portanto são elementos bem mais confiáveis.

    Além da constatação de que a média de idades dos policiais militares neste Estado é menor do que dos demais paraibanos, como já relatados, identificamos outros dados preocupantes que é o percentual de falecidos com idade entre 51 e 60 anos de idade.  Nesses 3 anos de pesquisas verificamos que faleceram 80 policiais militares nessa faixa etária, o que é equivalente a 28,3% do total de óbitos.  Como já relatado, esses números variam de anos para ano. mas  confirmam o que já havíamos comentado nos trabalhos anteriores.

     Esses dados também demonstram que 121 desses profissionais, o equivalente 42,7% do total, faleceram antes de completar 60 anos de idade. Nos trabalhos anteriores já se percebia esse fenômeno.

    Na faixa etária dos 51 a 60 anos normalmente bem poucos Policiais Militares estão no serviço ativo, mas a maioria está na inatividade há menos de 10 anos, portanto, em tese, em regular estado de saúde. A extensão desse problema pode ser percebida quando se compara, por exemplo, com a quantidade de falecidos na faixa etária seguinte, a de 61 a 70 anos, que foi de 41 óbitos, ou seja, 14,6% do total, portanto, praticamente metade.

         Essas questões devem ser objeto de um estudo aprofundado por parte do Comando da Corporação, com apoio de outros órgãos do Governo, na busca de detectar causas e adoção de medidas preventivas, se for o caso, e curativas.

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