Major Genuíno, um exemplo de bravura

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    Major Genuíno, um exemplo de bravura

O Major Genuíno, um exemplo de bravura, foi um do mais notáveis Oficiais da Policia Militar da Paraíba no decorrer das três primeiras décadas do século XX.

A Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba, (ALMEP) na pessoa do seu Presidente, o Coronel Valber Rufino, presta uma justa homenagem a esse ilustre Oficial, por ocasião da passagem dos 138 anos do seu nascimento, com a publicação de um artigo em que sintetiza a sua vida, e que a seguir transcrevemos.

                                                  138 anos do nascimento de Genuíno Bezerra

                                                                                                                            Valber Rufino

Há 138 Anos, no engenho conhecido por Várzea Comprida, em Guarabira, no brejo paraibano, nascia Genuíno de Albuquerque Bezerra.

Um jovem órfão, que ao concluir o ensino primário, com 14 anos idade, “senta Praça”, no então “QUARTEL DO GRAVATÁ”, ora Sede do Corpo de Segurança do Estado da Parahyba em fevereiro de 1898 e tão logo “passado à pronto”, foi trabalhar como Auxiliar de Escrita da Casa das Ordens, hoje Ajudância Geral.

No ano seguinte, com 15 anos, por causa de sua habilidade intelectual, “sabia ler, escrever e fazer contas”, foi promovido à Furriel da 1ª Companhia. Aos 16 anos de idade foi promovido a 2º, 1º Sargento e Sargento-Quartel-Mestre, devido a sua notável habilidade, organização e sentimento do dever.

Aos 21 anos Alferes-Quartel-Mestre, 22 Tenente, 24 Capitão e aos 27 Major. Galgou rapidamente todos esses postos, especialmente, pelos seus coroados esforços em manter a paz e a segurança do povo paraibano contra verdadeira legião de malfeitores que, a margem da lei, atormentaram os moradores, primeiro na então Vila do Teixeira, depois na Vila de Pombal, locais onde ocorreram um dos mais graves conflitos armados já contados nas crônicas bélicas daquela região e registrados nos livros de Ordem do Dia, de acervo da polícia militar paraibana.

De 1908 a 1912, combateu cangaceiros e bandoleiros em mais de trinta cidades. E, a partir de 1913, como diz o bom sertanejo, apeou ao se casar com a sra. Maria do Carmo Ribeiro Bezerra, existindo desse consórcio onze filhos, nove homens e duas mulheres. Exercendo a partir de então até a reforma por tempo de serviço, cargos importantes no Governo e na Polícia Militar, onde nesta foi subcomandante em cinco períodos.

E, em 1924, aos 40 anos de idade e 26 anos de serviço foi para a reserva, cujas palavras no Jornal “A União” encerra o que pretendemos dizer sobre o Notável menino de 14 anos que sentou Praça na Polícia Militar da Paraíba, vejamos: “O Major Genuíno Bezerra, uma das glórias da nossa Força Policial, assinalado pelo seu denodo, em sucessivos recontros na perseguição do banditismo, no interior do Estado, é símbolo vivo da lealdade perfeita, sempre solícito no cumprimento das ordens recebidas, sem se mostrar jamais aquém de missão.” Presidente do Estado Dr. João Pereira de Castro Pinto, em sua Mensagem à Assembleia Legislativa.

”Com o seu afastamento da caserna, onde manteve um tirocinio de longos 25 annos, trabalhando como verdadeiro timoneiro em prol da causa publica, haja visto o exuberante e irrefutável testemunho que oferece á sua brilhante fé de officio, na qual ressaltam inestimáveis serviços prestados com sacrificio da própria vida na manutenção da ordem e tranquilidade publica, em perseguição do banditismo, do que proveiu a sua incapacidade para o serviço militar, muito e muito vem sentir a sua ausencia, não só esta corporação, como o proprio Estado do qual foi incansavel deffensor. Ao distinto camarada, que se recolhe a inactividade, este commando apresenta as suas despedidas, augurando-lhe dias risonhos e coroados de felicidades, no aconchego do seu lar.”  Comandante João Costa. (grafia da época)

Em 26 de setembro de 1959, morre aos 74 anos de idade, vítima de insuficiência cardiorrespiratória por processo basilar bilateral como consta na certidão 15.676, Talão 120, Página 57 do Cartório de Registro Civil da Capital.

Sendo hoje, trazido à luz parte de sua trajetória, como homenagem a esse herói que dedicou sua vida à segurança e proteção do povo paraibano, sendo eternizado quando tomamos seu nome para ser o Patrono da Cadeira nº 05 da Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba - ALMEP, que tem assento o Acadêmico Fundador Bacharel em direito, escritor e pesquisador, Valdomiro Bandeira de Sousa Neto, Cabo da Polícia Militar do Estado da Paraíba.

Parabéns! Nobre Comandante.

Descanse em paz

Veja também   A PM da Paraíba nos combates à revolta de Monteiro em 1912   A PM da Paraíba no combate ao bandidismo

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1 Comentário em "Major Genuíno, um exemplo de bravura"

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Ugo Bezerra
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Mais uma vez, nosso muito obrigado! E recebemos essas homenagens com muito orgulho como legado de um homem do povo que ao lado de outros bravos e corajosos paraibanos nunca se furtou ao cumprimento do dever em prol da sociedade e justiça, muitas vezes com sacrifício da própria vida.
Com certeza esses esforços seu e de Cel. Rufino juntamente com o exemplo de meu avô vão ajudar a forjar o carater das novas gerações de soldados da gloriosa Briosa paraibana.Como se dizia antigamente: Saúde e Fraternidade, amigo Batista!