Posto de Apoio Comunitário

Compartilhe!

          Posto de Apoio Comunitário era uma cabine de fibra de vidro instalada em diversos pontos da cidade e que eram ocupadas por uma dupla de policiais para a execução do policiamento nas proximidades.  Foi uma ideia oriunda de uma PM do sul e de inicio parecia parecia um grande avanço no trabalho da Polícia. Foi um experiência de pouca duração e de baixo resultado.
 
       Em 1976/77, no Governo de Ivan Bechara, (15 de março de 1975 a 15 de agosto de 1978) a Polícia
Militar recebeu diversas instalações prédio que ea aquartelamento de tropa. Foi nessa época que o Comando Geral da Corporação, que funcionava no mesmo para sede do 1º Batalhão, foi transferido para a instalação onde atualmente se encontra (3 de fevereiro de 1977). Ainda na mesma época foi  inaugurado o Quartel do Copo de Bombeiros (2 de julho de 1976) e o Centro de Formação e  Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), ambos no bairro de Marés.
      Em meio a esses melhoramentos a Corporação recebeu dois prédios, recém-construídos, com moderna arquitetura, e localizados em pontos de relevante valor estratégico para execução do policiamento da cidade de João Pessoa. Uma era na Avenida Cruz das Armas, nas proximidades do Cemitério São José, e o outro na Avenida Epitácio Pessoa, nas proximidades da Avenida Rui Carneiro. Esses Postos foram inaugurados com atos solenes presididos pelo Secretário de Segurança Pública Dr. Afrânio Melo e na presença do Coronel do Exército Adolfo Fernandes Maia, Comandante Geral da PM e em meio de muita euforia dos Policiais Militares. O de Cruz das Armas recebeu a denominação de Posto de Policiamento Integrado Coronel Manuel Benício, o que constituía uma justa homenagem a um dos heróis da Corporação na década de 1930.
        Para se ter uma ideia da importância desses pontos para efeito de distribuição do policiamento da cidade, basta lembrar que naquela época não existiam os Bairros de Mangabeira, Valentina, Bancários, Cidade dos Funcionários II, III e IV, Jardim Veneza, Grotão, e Alto do Mateus.  De forma que os locais desses Postos e a sede do 1º Batalhão formavam um triângulo que cobria, basicamente, toda cidade de João Pessoa.
            Esses prédios foram denominados de Postos de Policiamento Integrado (PPI) e se destinaram a alojar Guarnições da Polícia Militar e um efetivo da Polícia Civil, para atuar nas respectivas áreas. O de Cruz das Armas, que foi Comandado pelo Tenente George Ribeiro, era denominado de PPI/1 e dele partia todo policiamento da zona sul da cidade. O da Epitácio Pessoa, que ficou sob o Comando do Tenente Elias Rodrigues, foi denominado de PPI/2 e era o local de apoio de todo o policiamento da zona leste, de Tambauzinho até as praias.  Em cada PPI atuavam duas Guarnições da PM. Apesar de ser previsto a participação de um efetivo da Polícia Civil esse não chegou a ser efetivado.
   Naquela época osprincípios da polícia comunitária, ou de polícia de proximidades, e que depois recebeu outras denominações, começaram a ser aplicados na Polícia Militar do Paraná.    Para execução dessa forma de policiamento foram confeccionadas cabines de fibra de vidro, de aproximadamente um metro e meio de largura por dois metros e meio de cumprimento, dotadas de uma parte de acrílico transparente e que foram ocupadas por duplas de policiais militares e distribuídas em pontos estratégicos das grandes cidades. Como essas cabines ficavam sempre em locais de grande circulação de pessoas e os policiais faziam permanentes contatos com a população, esse serviço foi denominado de Posto de Apoio Comunitário. (PAC)
     No início do primeiro Governo de Tarcísio Buriti (15 de março de 1979 a 14 de maio de 1982) o Secretário de Segurança Pública, Coronel de Exército da Reserva Geraldo Navarro, fez contato com a Polícia Militar da Paraná e resolveu adotar na Paraíba o sistema de Posto de Apoio Comunitário. Para esse fim foram adquiridas vinte cabines do mesmo modelo adotado no Paraná, e entregues à PM para que fosse efetuado um planejamento para o seu emprego. Em troca dessas cabines, que foram adquiridas pela Secretaria de Segurança, a Polícia Militar cedeu as instalações dos PPI/1 e PPI/2, aonde foram instaladas as Delegacias de Polícia Civil ainda hoje existentes.
     A ocupação das cabines em tempo integral, como era a filosofia do policiamento, e a necessidade de proteção do bem, que era muito frágil, implicaria no emprego de um efetivo bem maior do que a PM dispunha.  Assim, aos poucos esse serviço foi sendo desativado e a Polícia Militar ficou sem as cabines e sem os PPI. Como resquício dessas cabines, atualmente uma delas é utilizada pelo policiamento no Parque Solon de Lucena (Lagoa).
 
Veja Também
 
 
 

Compartilhe!


Deixe um comentário

Seja o Primeiro a Comentar!

Notificação de
avatar