Comemoração dos 140 anos da PM da Paraíba. Uma foto histórica

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Nas comemoração dos 140 anos da PM da Paraíba foi registrada uma foto histórica  que além de gravar um importante detalhe da solenidade, preservou a imagem de um verdadeiro monumento histórico da cidade e que foi demolido no decorrer da década de 1980. Até 1977 o Polícia Militar da Paraíba comemorava a data de sua criação no dia 10 de outubro uma vez que se admitia, até então, que essa Corporação teria sido criada no dia 10 de outubro de 1831. Na verdade nessa data foi criado o Corpo de Guardas Municipais Permanentes do Rio de Janeiro, que era a sede do Império, e autorizada, pela mesma Lei, a criação dessas Corporações nas Províncias, o que só aconteceu na Paraíba no dia 3 de fevereiro de 1832, ocasião em que o Padre Galdino da Costa Vilar era o Presidente do Conselho Provincial da Paraíba. O equívoco só foi descoberto depois de uma intensa pesquisa concluída em 1977, feita pelo Cônego Eurivaldo Caldas Tavares, que na época era Capelão da Polícia Militar, no posto de Capitão.
        Eurivaldo era um intelectual de renome, formado em filosofia, e teologia, professor da UFPB e integrante do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba (IHGP), além de um emérito pesquisador.  O seu trabalho de pesquisa sobre a verdadeira data de criação da Polícia Militar foi submetido a uma avaliação de uma Comissão formada por integrantes do IHGP, onde foi aprovado. Diante do parecer dessa Comissão, o Coronel Adolfo Fernandes de Lira Maia, Comandante Geral de Polícia Militar, através de um ato administrativo, mudou a data de comemoração do aniversário dessa Corporação, que a partir de então passou a ser no dia 3 de fevereiro.
          Mas esse evento sempre foi prestigiado pelas autoridades constituídas do Estado e comemorado com muito entusiasmo pelos integrantes da Polícia Militar.  O governador do Estado sempre se fazia presente a essas solenidades, que, durante muito tempo, ocorriam no pátio interno do Quartel do Comando Geral, que era onde atualmente está sediado o 1º Batalhão.
      Entretanto, em 1971, quando se comemorava 140 anos de existência da Corporação (Na interpretação dada na época), esse evento foi realizado em frente àquele Quartel, e a foto que registrou esse acontecimento revela uma parte importante da paisagem urbana da nossa cidade.
      É que nesse flagrante observa-se a fachada do Bar Santa Rosa, edificado na Praça Pedro Américo, onde também funcionava um terminal de ônibus que fazia linha para o interior e para Recife. Era a Estação Rodoviária da época.
    Essa edificação ficava em frente ao atual Quartel do 1º Batalhão, no local onde, anos depois, foi erguido um monumento ao poeta Augusto dos Anjos.    No decorrer da segunda metade da década de 1970 esse prédio foi demolido.
        Na foto constata-se o entusiasmo dos Oficiais, com a túnica do uniforme caqui, vendo-se da esquerda para a direita: Clodoaldo Alves de Lira, (Pai do Coronel João Batista de Souza Lira, que foi Comandante Geral), Francisco Monteiro Segundo (Pai do Coronel Wilde Monteiro, que foi Comandante Geral), Edésio Francisco da Silveira, Gonçalo Ferreira Lopes, Natalício Evangelista (Pai do Coronel Marcilio Evangelista, que foi Sub Comandante Geral) e José de Souza Neves (Maestro da Banda de Música e atualmente Promotor de Justiça aposentado). Vê-se ainda, na segunda fileira,  Geraldo Cabral de Vasconcelos, que foi Comandante Geral. A direita dos Oficiais, e isolado, está o Tenente Ambrósio Agrícola, atualmente Juiz de Direito no Estado de Pernambuco.
    Por trás do grupo de Oficiais, no palanque, destaca-se a figura do Governador Ernani Sátiro, ao lado de Oficiais do Exército.  A esquerda do Governador está o Coronel Glaube Cabral de Vasconcelos, Comandante Geral da Polícia Militar.
    Passaram-se 43 anos desse evento. Mas o orgulho pela história da Corporação é o mesmo.
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