O linguajar sofisticado do Coronel Maurício

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               O linguajar sofisticado do Coronel Maurício ficou muito conhecido dos seus contemporâneos. Além de ter i destacado na corporação pela sua bravura e habilidades nos contato políticos, o Coronel José Maurício da Costa era muito conhecido como um valoroso autodidata o que lhe fazia usuário de uma linguagem erudita, e que a vezes eram incompreensivo aos seus interlocutores Vamos dar exemplo de uma situação desse tipo, No decorrer das décadas de 1930 a 1960, pelo menos, eram poucos os Oficias da PM da Paraíba que tinham curso de nível superior. Mas alguns eram autodidatas e chegavam a obter uma razoável cultura geral. Um exemplo dessa situação foi o Coronel José Maurício da Costa, que segundo comentavam seus contemporâneos, dispunha sempre de alguns livros sobre os mais diversos assuntos, sobre a sua mesa de trabalho, inclusive um dicionário da língua portuguesa.          O boletim do Comando Geral do dia 31 de outubro de 1931 publicou um relatório elaborado pelo então Major José Maurício no qual foram relatadas as ações da Polícia Militar nas operações realizadas na cidade de Recife quando uma Companhia de Polícia dessa Corporação, em apoio ao 22º Batalhão de Caçadores, atual 15º Batalhão de Infantaria Motorizada, participou das lutas pela pacificação de uma revolta ocorrida em um Quartel do Exército, naquela cidade. Nesse documento pode se notar o grau de cultura geral desse Oficial.
      José Maurício era um Oficial de muito prestígio político e exercia uma grande liderança no seio da tropa graças à sua postura assim como a sua facilidade de expressão e versatilidade. Mas uma marca registrada do Coronel José Maurício era a frequência com que ele empregava expressões pouco usuais, o que lhe conferia um ar de intelectual, muito admirado pelas pessoas do seu convívio. O fato que narramos a seguir, contado pelo Coronel Marcílio Chaves, que na época era Tenente, ilustra bem essa faceta de José Mauricio.
        Em 1960 a Polícia Militar ainda fazia uso de transporte de tração animal, ou seja, de carroças puxadas por burros. Um dos carroceiros do Quartel do Comando Geral era um Soldado de origem rural, aspecto rústico e de baixa escolaridade.
      Certo dia, depois da formatura matinal no pátio do Quartel, formou-se uma roda de Oficiais em volta do Coronel José Maurício, que era o Comandante Geral, em uma conversa descontraída. O Carroceiro, que era muito “folgado” se dirigiu ao Comandante para se queixar do animal empregado em sua carroça e disse: Coronel, essa burra é muito preguiçosa.
José Maurício se voltou para o Carroceiro e, adaptando uma famosa frase utilizada por Rui Barbosa, disse: "Pouco se me dá que a onagra claudique, o que me apetece é fustigá-la."
       Ao ouvi essas palavras os Oficiais se entreolharam como a se perguntar qual o significado daquela expressão. E o Carroceiro saiu de fininho sem nada entender.
         Tentando traduzir as palavras de José Maurício “Não me importa que a burra manque, ou não queira trabalhar, o que mi interessa é castigá-la”.
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