PM na Paraíba vivem abaixo da média dos demais paraibanos

Compartilhe!


             Os PMs na Paraíba vivem abaixo da média dos demais paraibanos,  conforme se conclui dos registros de concessão dos benefício de pecúlio pagos aos familiares desses servidores falecidos.  Neste texto vamos expor ferramentas construídas a partir desses  dados  e com ela fazer algumas reflexões pertinentes a essa questão.
         A relação dos associados da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças da Polícia Militar e Bombeiros Militar falecidos em 2015 oferece elementos para importantes reflexões sobre a perspectiva de vida desse pessoal, o que é do interesse de todos os bombeiros e policiais militares da Paraíba.  A Caixa Beneficente, que paga um pecúlio aos familiares dos associados falecidos e por essa razão tem necessidade de monitorar esses dados, congrega cerca de 30% de todos os integrantes da Polícia Militar e de Corpo de Bombeiros, do serviço ativo e da reserva.
     Dessa forma os dados aqui expostos representam uma considerável amostra do total desses servidores, o que permite se projetar situações que alcançam todos os bombeiros e policiais militares, ativos e inativos.  Partindo dessa premissa, e considerando que em 2015 faleceram 70 associados da Caixa, podemos projetar que faleceram aproximadamente 200 bombeiros e policiais militares, ativos e inativos, nesse período.
Fazendo um comparativo com a relação dos falecidos em 2014 observamos que naquele ano foram registrados 68 óbitos, enquanto em 2015 ocorreram 70, como já mencionado, portanto ocorreu um pequeno aumento de 3%.  Mas, estranhamente, em 2014 a quantidade de policiais falecidos antes de completar os 60 anos de idade equivalia a 47% do total, (provavelmente um equivoco de registro) e em 2015 esse número foi de apenas 14%, o que representa uma grande melhora, pois indica que morreram menos policiais nessa faixa etária, que é muito baixa para os padrões brasileiros na atualidade.
Entretanto, em 2014 os falecidos que tinham idade entre 70 e 80 anos representou um percentual de 25% do total. Esse número em 2015 foi de 24,1% o que representa um dado negativo, pois indica que um percentual menor de policiais chegou a essa idade.
Quatro companheiros ultrapassaram os 90 anos de idade, tendo inclusive um deles chegado aos 103 anos, o que, mesmo representando apenas 6% do total, é um dado extremamente positivo.
Mas um dado que preocupa é o fato de a idade média dos falecidos ser de 70 anos e sete meses, quando a média da Paraíba, que já é umas das mais baixas do Brasil, em 2013 era 72 anos e três meses, segundo dados divulgados pelo IBGE.
Mas um dos objetivos desse nosso registro é prestar uma justa homenagem e todos esses companheiros expondo a relação desses nomes que, por certo, ficarão em nossa memória. Levamos a todos os familiares e amigos dos companheiros aqui listados nossos votos de pesar certos da falta que eles fazem ao nosso convívio.  Tivemos a grata oportunidade de conviver com muitos dos aqui listados e podemos testemunhar a dedicação que tiveram à nossa corporação.
Mas, levado pela emoção, registramos nossas homenagens aos Coronéis José Gumercindo Fernandes e Geovani Domingos Alves, diletos companheiros de turma, eles formados na Bahia e eu em Pernambuco no  período de 1973/1975. Com eles desfrutamos um salutar e fraterno convívio durante os nossos 30 anos de serviços. Aos familiares e amigos desses distintos camaradas levamos nossos votos de pesar e nosso afetuoso abraço de conforto.
Veja também
Reflexões sobre a expectativa de vida dos policiais militares da Paraíba

Compartilhe!


Deixe um comentário

Seja o Primeiro a Comentar!

Notificação de
avatar