O Coronel Clodoaldo Alves Lira teve um vida dedicada à Polícia Militar.

O Coronel Clodoaldo Alves Lira teve um vida dedicada à Polícia Militar. Sertanejo integrante de uma família de policiais militares, o Coronel Lira foi um Oficial que vivenciou muitas experiências exercendo as funções de Delegado de Polícia e as aplicou com objetividade na tropa quando aquartelado.. Aqui vamos traçar um perfil desse valoroso Oficial.

Todos os policiais que frequentaram o Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba devem ter percebido que o confortável Auditório daquele estabelecimento é denominado de “Auditório Coronel Clodoaldo Alves de Lira”, cuja inscrição está gravada, em letras de metal dourado, cobrindo toda a parede dos fundos daquela sala. Mas é muito possível que poucos desses milicianos saibam quem foi essa figura.

Em 1994, por ocasião do falecimento desse Oficial, prestamos uma homenagem aos seus familiares, procedendo a um levantamento de dados sobre a sua vida como policial militar, cujo texto passamos a transcrever a seguir.

Na Cidade de Teixeira, situada na parte mais elevada do sertão Paraibano, o casal João Alves Batista e Raimunda de Oliveira Lira, prósperos proprietários rurais da região, no dia 17 de julho de 1923 teve a felicidade de ver sua família ampliada com o nascimento de mais um menino que recebeu o nome de Clodoaldo Alves de Lira.

Forte e saudável, como seus outros quatros irmãos, Clodoaldo foi criado de acordo com o rigoroso código moral do sertanejo, e que era imposto pelo "Velho João Alves. Toda família participava ativamente do trabalho, que consistia em fazer brotar do selo generoso da terra, a semente da fartura.

Em que pese os sacrifícios que essa atividade exigia os Irmãos Lira, Jose, Álvaro, Genivaldo, e Ananias, conseguiram iniciar seus estudos ainda naquela cidade, ocasião em que identificou que novos horizontes os aguardavam.

Ainda jovens, os filhos de seu João Alves, foram, paulatinamente, descendo a serra em direção ao litoral, na busca por melhores dias. Na capital do Estado, influenciados \por dois tios, que eram Oficiais da Policia Militar, esses rapazes foram, naturalmente, bater as portas dessa briosa Corporação, onde todos fizeram careiras graças às suas qualidades pessoais.

Assim, no dia 24 de agosto de 1942, portanto com 19 anos de idade, o jovem Clodoaldo Alves de Lira, ingressou na Policia Militar, como Soldado, sendo de imediato, designado para servir no Segundo Batalhão, sediado em Campina Grande. No mês seguinte, o inteligente Clodoaldo, se submeteu a seleção ao Curso de Formação de Cabo, sendo aprovado e matriculado, tendo concluído o Curso e sido promovido no dia 19 de dezembro de daquele ano.

Na graduação de Cabo, o Jovem Clodoaldo exerceu funções de Comandante de Destacamento e suplente de Delegado em diversas cidades e distritos tais como Teixeira, Misericórdia, São João do Cariri, Serra Branca e Princesa Isabel.

Antes de ingressar na Corporação, ainda na cidade de Teixeira, Clodoaldo conheceu a jovem e bela Madalena, por quem se apaixonou, e com quem contraiu matrimônio no dia 21 de fevereiro de 1944. Madalena, sertaneja típica, forte e resoluta, acompanhou Clodoaldo por muitas cidades onde ele exerceu atividades, dividindo as inúmeras dificuldades, principalmente materiais, que enfrentavam.

Para um egresso do sertão, e ainda tão jovem, o exercício de funções tão importantes era multo honroso. Mas, ser Cabo não bastava para o impetuoso Clodoaldo. Ele queria crescer e começou a lutar para isso.

Sentindo que sua escolaridade carecia de aperfeiçoamento, e matriculou-se na Escola Regimental, uma espécie de curso supletivo, que funcionava no interior do Quartel. Concluído esse treinamento, ele participou de um concurso de candidato a graduado, logrando aprovação, e sendo promovido a 3° Sargento no dia 6 de abril de 1946.

Agora como Sargento, Clodoaldo passou a exercer as funções de Delegado de Policia e de Comandante de Destacamento em diversas cidades, inclusive em sua terra natal, Teixeira. De Delegacia em Delegacia, transcorreram mais 7 anos de muitas dificuldades, principalmente porque a família de Clodoaldo já começava a crescer e as andanças pelo interior afora dificultava o convívio do carinhoso pai com seus filhos.

Em 1953 a Policia Militar da Paraíba promoveu o 3º Curso de Formação de Oficiais, e o já não tão jovem Clodoaldo não perdeu a oportunidade. Submetido ao concurso, foi aprovado e ao termino do Curso, no dia 7 de setembro de 1954, alcançou o 1° lugar da turma, e em uma solenidade realizada na Praça João Pessoa, presidida pelo Governador do Estado foi nessa data, promovido a Aspirante a Oficial.

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