Verdadeira amizade: Valioso patrimônio

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Durante o tempo que passamos na Polícia Militar ou em qualquer outra atividade profissional, vivenciamos as mais variadas experiências de vida, que nos trazem conhecimentos tanto no aspecto profissional como no aspecto pessoal. As técnicas, as doutrinas e as práticas que adquirimos nessas atividades nos conferem aprimoramentos profissionais ao longo da nossa carreira. Esses conhecimentos ficam na nossa lembrança durante muito tempo, mesmo depois da passagem para a inatividade. Mas aos poucos toda essa gama de informações vai caindo no esquecimento como consequência do seu desuso e em razão da sua substituição pelo natural processo de desenvolvimento da instituição e da própria sociedade. Porém as experiências de caráter pessoal, em particular aquelas resultantes dos inter-relacionamentos humanos, leais, sinceros, solidários e afetivos, ficam conosco por toda vida. Nessas experiências são forjadas e solidificadas amizades que ultrapassam o convívio da rotina no ambiente de trabalho e sobrevivem à passagem para a inatividade. É o sentimento de amizade que naturalmente brota desse convívio. Afinal, cumprida nossa missão profissional, são os verdadeiros amigos, as verdadeiras amizades, que ficam e se eternizam na nossa vida. No caso particular das organizações militares, a legislação de forma bem específica, incentiva práticas que favorecem a formação desse sentimento. Na Polícia Militar da Paraíba, de forma especial, tanto o Estatuto do Pessoal como o Regulamento Disciplinar contêm dispositivos voltados para o cultivo e valorização da camaradagem no seio da corporação, normas essas que nem sempre são percebidas com a devida atenção. Todo policial militar passa por inúmeros treinamentos nos quais se possibilita uma maior aproximação entre os companheiros. O cotidiano desses profissionais é marcado pela efetivação de ações operacionais nas quais muitas vezes a vida de um depende da atitude de outros, o que enseja a criação do sentimento de confiança reciproca.  No decorrer dessas atividades os policias militares vivenciam dificuldades, reveses e frustrações comuns, fazendo surgir o sentimento de solidariedade.

     Mas, felizmente, de uma forma geral, esse convívio também propicia o alcance de conquistas, sucessos e vitórias, que, quase sempre dependem de ações da coletividade. Esse conjunto de situações faz nascer o sentimento de amizade que cada policial militar haverá de guardar e preservar durante toda vida, mesmo depois de passar para a reserva. Infelizmente, quando no serviço ativo, por motivos dos mais diversos, os policiais militares, principalmente os de postos mais elevados, podem se ver cercado por pessoas que se mostram amigas e quase sempre são.  Entretanto, algumas  dessas amizades não ultrapassam os momentos de mudanças de Comando ou de funções e principalmente, não sobrevivem aos tempos da inatividade.

         O exercício do poder por vezes obnubila a capacidade de percepção para identificar as verdadeiras amizades, confundindo-as com interesses pessoais ou com nefastas manifestações bajuladoras. Só é possível se avaliar como verdadeiro o nosso circulo de amizades nascidas no seio da corporação, quando chegamos à reserva. A inatividade pode induzir à ociosidade e aos poucos à solidão. É nesse momento que o homem precisa dos verdadeiros amigos, pois não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades.

      É gratificante constatar que esse sentimento existe em todos os níveis hierárquicos, o que é traduzido por trocas de visitas, contatos por qualquer meio de comunicação, ações de solidariedade ou por reuniões de amigos.

       Tive o privilégio de, quando em atividade, conviver com pessoas com as quais ainda guardo laços afetivos mesmo depois de treze anos na reserva. É muito gratificante, de quando em quando trocar visitas, fazer contados ou me reunir com alguns deles.

            Almoço de Confraternização - 7 de dezembro de 2017 - Restaurante Cannele
A esquerda - Cordeiro, Soares, Francisco, Jobson, e Ardenildo A direita - Marcílio, Monteiro,Antonio Carlos, Batista, Carvalho e Vaumir.                                           Três gerações de Coronéis  da PMPB - 1989 a 2014 2002 - Encontro dos Aspirantes 1975 - Geovani, Gilberto, Gumercindo, Nery, Batista, Vaumir e Virgínio  - Coronéis em 2002 - Marcílio, Borba, Rodrigues, Francisco,  Aguinaldo, Alencar, Gilberto, Patriarca, Batista e Ardenildo. Encontro social de Coronéis da Reserva na sede social da Caixa Beneficente - 11/11'/216

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