Tragédias no interior dos Quartéis da PM da Paraíba: Uma triste realidade

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Tragédias no interior dos Quartéis da PM da Paraíba, na forma como aqui será abordado, são fatos lamentáveis que resultaram mortes nesses locais. Com pesar, registramos fato dessa natureza ocorridos ao longo dos últimos quarenta anos.

O interior dos Quartéis na PM da Paraíba foi palco de alguns acontecimentos trágicos ao longo dos últimos quarenta anos. São momentos tristes, mas que também integram a história dessa corporação. Esses fatos causaram grande impacto emocional em todos integrantes da Polícia Militar, pelo que aqui estamos fazendo o registro histórico de alguns deles, relatando-os mesmo que sem maiores detalhamentos.

 O Capitão Paulo Anacletino se suicidou, com um tiro de revolver na cabeça, fato ocorrido em 1969, em um Sanitário do Quartel do Comando Geral, que estava instalado no prédio onde atualmente está sediado o 1º Batalhão. Uma das versões que sugiram foi de que o fato teria sido resultante de problemas passionais.
           Em 1965, o Sargento Expedito, da Banda de Música da Polícia Milita, um conhecido alcoólatra, atentou contra a vida do Subcomandante Geral, o Coronel Noronha Cesar, fato ocorrido no interior do Gabinete da vítima. O Soldado João Nunes, ordenança do Coronel colocou-se entre o agressor e a vítima e sofreu dois disparos de revolver, que lhe causaram ferimentos sem maiores gravidades, mas o Coronel não foi atingido. Por conta desse fato o Soldado foi promovido, por bravura, a 3º Sargento, e Expedido, depois de responder ao processo, foi reformado com problemas mentais.
       No alojamento de praças do Quartel do 4º Batalhão, em Guarabira, em 1980, o Cabo Valter foi vítima de um ataque epilético que provocou sua queda deixando-o com o nariz colado no espelho da cama, o que lhe causou morte por asfixia.
  Em 1984, em João Pessoa, o pagamento dos policiais do serviço ativo e dos inativos era feito no Quartel do 1º Batalhão. Nos dias de pagamento havia um ajuntamento muito grande de policiais no pátio do Quartel.  Em um desses dias um Soldado assassinou uma mulher, a facadas, na escada que dá acesso ao pátio do Batalhão. O Soldado foi preso em flagrante, processado, condenado e cumpriu pena.
Um Soldado, ainda jovem, do Corpo de Bombeiros, em 1985, se enforcou na escada da torre de treinamento do Quartel de Marés. Foi uma cena horrível.  De longe se via o corpo pendurando numa corda.
     Um caso mais recente e de maior gravidade ocorreu no alto sertão do Estado.  No dia 11 de junho de 2009, o Sargento Valdiram assassinou o Major Aldair Souza de Albuquerque, Subcomandante do 6º Batalhão, em Cajazeiras, fato ocorrido no interior daquele Quartel, no alojamento dos Oficiais, onde a vítima se achava dormindo.
Muitas tragédias têm ocorrido por acidentes, no interior dos Quartéis ou em outros locais de serviço, principalmente por ocasião do manuseio de armas. Um Soldado que estava no serviço de sentinela no portão lateral do Palácio da Redenção, quando recebia o serviço no posto, ao manusear uma metralhadora INA efetuou um disparo acidental que causou ferimento letal em um transeunte.  Em 1972, na passagem do serviço de Guarda na Penitenciária do Monte Santo, em Campina Grande, um Soldado, ao manusear um fuzil, efetuou um disparo acidental que matou um Soldado que tinha saído de serviço. São muitos os casos de disparos acidentais em serviço, inclusive alguns dentro de viaturas.
O fato que passamos a relatar também é cruel e revoltante, mas apresenta uma peculiaridade que é o seu desfecho com aspecto extrassensorial.
 No início de 1987 foi concluída a construção do prédio onde foi instalado o 5º Batalhão, no bairro Valentina de Figueiredo. Mas antes da instalação dessa Unidade Policial Militar o prédio ficou sob a vigília de integrantes da Corporação. Era só um posto de vigilância e os policiais escalados para esse serviço se reservavam a cada seis horas.  No dia 1 de março daquele ano o Soldado Celestino Pereira da Silva, um policial muito conhecido na Corporação por exercer também as funções de estafeta, e que já aguardava a passagem para a reserva, estava de serviço no turno das seis às doze horas, e seu substituto faltou.  Celestino então dobrou o serviço, permanecendo no posto no aguardo da chegada do Soldado Valmisterclins Silva Correia, que entraria de serviço às dezoito horas.  Valmisterclins, que tinha concluído o Curso de Formação recentemente, só chegou para o serviço aproximadamente às dezenove horas, portanto com quase uma hora de atraso.
Celestino reclamou o atraso do companheiro e por esse motivo houve uma pequena discussão entre eles.  Quando Celestino ia saindo do Quartel, recebeu um tiro de revolver nas costas, efetuado por Valmisterclins.  Com esse disparo Celestino faleceu minutos depois.
  Valmisterclins , que estava com sintomas de embriaguez alcoólica, fugiu do local do crime e desertou, e por esse motivo foi qualificado de forma indireta no Inquérito Policial Militar que foi presidido pelo Major Marcedônio Mariano de Oliveira. O IPM foi remetido à Auditoria Militar Estadual, mas o crime acabou por prescrever, ficando o criminoso inteiramente impune.
  No mês de setembro de 1987, Marviael de Oliveira, jornalista da área esportiva e que gozava de muita amizade na Polícia Militar, fez uma visita ao Major Genilson de Assis Costa, Comandante do 5º Batalhão. Nesse encontro o jornalista, que era espírita, relatou ao Comandante que ao ingressar no Quartel sentiu uma energia muito forte, afirmando que se tratava da presença da entidade de uma pessoa que tinha morrido naquele local. Disse ainda o jornalista que diante desse fato, fez uma prece pedindo para aquela entidade deixasse o Quartel em paz, no que foi atendido.   Até hoje Genilson Assis se arrepia ao falar sobre esse fato.
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2 Comentários em "Tragédias no interior dos Quartéis da PM da Paraíba: Uma triste realidade"

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MARCUS VINICIUS BARROS DE AZEVEDO
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MARCUS VINICIUS BARROS DE AZEVEDO

E mais recentemente tivemos mais uma tragédia no 2º BPM, com a morte do Tenente Paciolli.