Histórico do efetivo de policiais feminino

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Homengem às mulheres da PMPB - Veja o vídeo 
 
          Um histórico do efetivo  de policiais feminino da PM da Paraíba permite se perceber a importância dessas profissionais no desenvolvimento dessa corporação. Criado legalmente em 1985 e efetivado dois anos depois, esse efetivo, ainda reduzido, vem cumprindo o seu papel e cada vez mais ocupa seu espaço em todas as áreas da corporação.
1  As pioneiras
        O ingresso de policiais femininas na PM da Paraíba teve início durante o Comando do Coronel Benedito Lima Junior, no Governo de Wilson Braga, através da Lei 4.803 (De 20 de dezembro de 1985) que autorizou a criação de uma Companhia de Polícia Feminina. A lei não previa a criação de um quadro feminino, ou seja, as mulheres ingressaram na Polícia Militar nas mesmas condições dos homens, tendo, portanto, os mesmos direitos e obrigações. No final de 1986 foi efetivado o primeiro concurso destinado a selecionar mulheres para ingressar na Corporação e no dia 26 de janeiro de 1987, já no Comando do Coronel Severino Lins, o Boletim do Comando Geral Publicou a seguinte nota;
 ”Sejam incluídas no estado efetivo desta Corporação e matriculadas no 1º ano do Curso de Formação de Oficiais, por terem sido aprovadas em concurso público, julgadas habilitadas para esse fim e satisfazerem as demais exigências legais, as seguintes Policiais Femininas: Socorro Cristiane Albuquerque de Oliveira, Íris Oliveira do Nascimento e Christiane Wildt Cavalcanti Viana" Oficiais pioneiras 
Socorro, Iris e Cristiane
      Eram as primeiras policiais femininas que ingressavam na nossa Policia Militar, atraídas pela expectativa de poderem construir uma carreira profissional, cumprirem um papel de elevada importância no contexto social, e, sobretudo, desbravarem novos e atrativos caminhos para outras valorosas mulheres. Elas tinham se submetido a um rigoroso concurso que teve uma concorrência de 18 candidatos para cada vaga. Socorro Cristiane e íris Oliveira foram encaminhadas para a Academia de Policia Militar de Pernambuco e Cristiane Wildt foi para a Academia de Policia Militar de Minas Gerais.
      Em seguida, no dia 9 de março do mesmo ano, ingressaram na Corporação, após aprovação em Concurso Público que teve uma concorrência de 30 candidatas para cada vaga, mais três outras Policiais Femininas, desta feita para frequentarem o Curso de Formação de Sargento. Foram selecionadas Virginia Paula Eduardo dos Santos, Mônica Carvalho de Miranda Freire e Carmem Lígia Fernandes de Oliveira. Essas policiais foram encaminhadas para o Batalhão de Policia de Trânsito da Polícia Militar de Pernambuco, onde concluíram o Curso no dia 20 de novembro daquele ano, sendo promovidas a 3º Sargento na mesma data. Com muita garra, determinação e entusiasmo, facilmente elas venceram as primeiras dificuldades, se adaptaram à vida na caserna e conseguiram ao final do curso, introjetar uma sólida doutrina e adquiriram os conhecimentos técnicos indispensáveis, e a vivência necessária para o desenvolvimento de suas atividades profissionais.  
   Os Sargentos chegaram primeiro, em dezembro de 1987, e passaram a ocupar funções correspondentes às suas graduações. Inicialmente trabalharam no setor de Relações Públicas da Corporação. Depois forram designadas para exercer atividades operacionais e administrativas no Pelotão Especial de Choque (PEC), que era um setor criado informalmente pelo novo Comandante Geral o Coronel Mardem Alves, e passou a funcionar no novo Quartel de Cabedelo. Mesmo com a denominação de Pelotão esse setor da administração era composto por mais de 200 integrantes. Mônica e Lígia exerceram as funções Comandantes de grupos com 30 policiais cada. Virgínia ocupou funções administrativas.
     Em dezembro de 1989 chegavam as Aspirantes a Oficial que também começaram a exercer funções próprias às suas posições hierárquicas. Ganhando a confiança dos subordinados e dos superiores, aos poucos elas foram construindo um conceito que levou os escalões superiores da Corporação a abrirem espaços para o ingresso de outras mulheres na Corporação.
 
2. O Crescimento
 
          Em em março de  1989 ocorreu o primeiro Curso de Formação de Sargentos, com efetivo totalmente feminino.  E vieram novos cursos, novos contingentes, mais entusiasmo e renovadas esperanças no crescimento do Corpo do Policiamento Feminino. Foram cursos, ora especificamente para as mulheres, ora com a participação das mulheres em igualdade de condições com os homens.
       O primeiro Curso de Formação de Soldados exclusivamente Feminino ocorreu em 1990 e no decorrer da década de 1990 foram realizados mais cinco outros. Da primeira turma faziam parte, entre outras as seguintes policiais: Telma Lúcia da Silva, Ana Lúcia Pereira, Mabel da Cruz Leite, Adriana de Oliveira Ramalho, Marijane Marques Batista, e Luzia Carneiro Machado.
     Da turma de 1990, registramos a participação de: Ednalva Bezerra de Lima, Yone Guacira Viana Marques, Vera Lúcia Basílio Augus Teno, Lindinalva Farias da Silva, Adelma Florisa da Silva Pereira, Maria Betânia de Oliveira, Rosário de Fátima Fabião, Paula Franssinete de Lima, Marylim Souza Santos, Onilda Patrícia de Medeiros Silva e Lirian Alves Medeiros.
        A turma de 1991 foi integrada entre outras por: Cléia Maria Lira Cruz, Valkíria Oliveira Feliz, Luciene Antônia da Silva, Maria Aparecida de Lima, Aurélia Teixeira de Lima, Sandra Helena da Costa, Merifran Faustino de Souza, Maria Neuma Laurindo Gomes Barreto, Ednalda Diniz Souza, Maria Valéria Franca Bezerra, Janaína Maria de Assis Clementino, Aurilene Morais Vasconcelos, Maria das Graças Nicolau, Eliane Barbosa da Silva, Maria Cícera Barros Pessoa, Mauricéia de Souza Santos, Ana Lúcia da Silva Lima Pereira, Maria José Andrade, Matilde Coelho Neves  e Maria Damares da Silva.
.        A primeira turma de Soldados Femininos (1989), logo após a sua conclusão, ficou sob o Comando do então Capitão José Gonçalves de Sá, em 1990, e foi concentrado em uma Companhia de Policia Feminina que foi informalmente criada para esse fim. Essa Sub Unidade teve como sede o prédio que depois foi reformado para a instalação do Ambulatório Médico da Corporação, na Rua da Areia. Em março de 1992, ainda sob o Comando do Capitão Gonçalves, todo efetivo foi transferido para a Companhia de Trânsito que ficou predominantemente composta por policiais femininos. Em agosto do mesmo ano esse contingente foi transferido para o Colégio da Policia Militar, que havia sido criado recentemente. Aos poucos o efetivo foi sendo distribuído pelas diversas Unidades da Policia. Militar, inclusive do interior, particularmente para desenvolver atividades administrativas. Até o final da década de 1990 a participação maior das policiais femininas era na Diretoria de Saúde, Colégio da Polícia Militar, Diretoria de Finanças, Diretoria de Pessoal, Centro de Operações da Policia Militar (COPOM), em João Pessoa e Campina Grande.
        Também no decorrer da década de 1990 foram realizados dois Cursos de Formação de Cabos, em 1993 e em 1994, dos quais registramos os nomes de Selma, Maltide, Valéria, Joséli, Aparecida, Eliane, Rosângela, Lindinalva, Ednalva, Josinete e Emilia.
        Até 2001 foram realizados cinco Cursos de Formação de Sargentos. A Turma de 1989 foi formada por Adriana, Luzia, Angélica, Adeilda, Lucia, Marijane, Alzeni, Márcia, Cilena, Mabel, Telma e Magnólia. Em 1991, 1993, 2000 e 2001, as turmas foram mistas e delas fizeram parte entre outras: Fátima Fabião, Margarete, Gilvaneide, Paula, Maria José, Damares, Marilin, Janaina, Cícera, Guacira, Aurilene, Vanusa, Inês, Vera, Mauricéia„ Graça, Ana Lucia, Patrícia, Cléa, Aurélia, Ana Figueiredo, Bertânia, Valkiria, Aparecida, Helena e Luciene.
 
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