PM da Paraíba: Os antigos desfiles e as vibrações de sempre

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       Os antigos desfiles e as vibrações de sempre, é como podemos definir o que observamos nos registros históricos da PM da Paraíba. O desfile cívico-militar do dia da pátria sempre foi uma oportunidade dessa corporação demonstrar  o seu grau de adestramento militar através da marcialidade como seus integrantes se portavam. Aqui vamos abordar esse tema.
Nesse dia 7 de setembro a Polícia Militar da Paraíba participa pela septuagésima sexta vez do desfile cívico-militar comemorativo à passagem do dia da independência do país. Até 1935 essas comemorações eram feitas através de solenidades internas, com formaturas, hasteamentos de bandeiras e discursos. Em 1936 a Corporação foi convidada pelo Comandando do 22º Batalhão de Caçadores, Unidade do Exército sediada em João Pessoa, para participar do desfile militar, que foi realizado na Praça da Independência.
O destacamento da Polícia Militar, composto pelo efetivo de duas Companhias de Infantaria, foi comandado pelo Capitão Ademar Naziazene. A partir de então, sempre com uma participação de destaque, a Corporação se fez presente nesses eventos todos os anos, com exceção de 1960.
  Poucos dias antes do desfile de 1960 um grupo de Oficiais, em reunião sigilosa e sem conhecimento do Comandante, redigiu uma correspondência ao Governador reivindicando melhoria de vencimentos, o que a luz do regulamento disciplinar constituía um ato de indisciplina. O documento não chegou a ser encaminhado, mas o Coronel José Maurício da Costa, Comandante Geral, ao tomar conhecimento desse fato procurou reprimir os Oficiais que dele participaram e determinou a prisão disciplinar de todos, o que ocorreu na manhã do dia 7 de setembro, no momento em que a tropa estava entrando em forma para o desfile. Esses Oficiais iriam desfilar. Por essa razão a Polícia Militar não participou do desfile.
Alguns desses Oficiais eram Universitários e os Diretórios Estudantis se mobilizaram em sua defesa.  Uma Comissão de Estudantes foi impedida de visitar os presos. O fato ganhou ampla repercussão política com discursos inflamados na Assembléia, com o Deputado Joacil de Brito e na Câmara Municipal da Capital, com o Vereador Cícero Leite, pai de um dos Oficiais. Diante desses desdobramentos o Comandante pediu de exoneração.
Não fosse esse fato, estaríamos fazendo o nosso o septuagésimo oitavo desfile. As fotografais a seguir mostram desfiles antigos e expressam as vibrações de sempre.
 
 
 
 
 
 
 

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