Jogador campeão do mundo foi preso no 2º Batalhão

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        Um jogador campeão do mundo foi preso no 2º Batalhão, em Campina Grade,  em 1976.  O fato ganhou repercussão nacional e teve desdobramentos como a possibilidade da volta do atleta àquela cidade para depor em juízo., o que ocorre no ano seguinte. Vamos relatar, de forma sucinta esses fatos
        No dia 19 de setembro de 1976 o Treze Futebol Clube enfrentou, em Campina Grande, o Fluminense do Rio de Janeiro, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. O Fluminense chegou em Campina Grande no dia 16 de setembro e tinha previsto fazer um treino coletivo no Estádio Getúlio Vargas, que pertence ao Treze.  Como o clima entre os torcedores estava muito tenso, o Clube carioca solicitou ao Comandante do Segundo Batalhão a liberação do campo de futebol daquele quartel para realizar seu treino. O Comandante do Batalhão era o Tenente Coronel Raimundo Cordeiro de Morais, que atendeu ao pedido e recepcionou a delegação no seu Gabinete.
       Naquela época o gramado do campo do 2º Batalhão era tratado por um popular conhecido por Índio, que também cuidava do gramado do Estádio Amigão, portanto, era um tapete, como se diz no jargão do futebol.
       O treino foi realizado no dia 17 de setembro e foi assistido por uma grande quantidade de policiais. Rivelino, Pintinho, Paulo César e Marinho eram as grandes estrelas do time. Após o treino, já no começo da noite, o jogador Paulo César Caju, jogador campeão do mundo e um dos mais famosos do time carioca, fez um passeio no centro cidade onde se envolveu em um conflito com torcedores e acabou preso em flagrante, acusado de lesões corporais culposas em um jovem de 12 anos, que passava no local e foi atingido casualmente por um pontapé.
      O Delegado da Cidade era o Tenente Coronel Antônio Costa Filho, que por razões de razoabilidade e por sentimentos humanitários, permitiu que o jogador ficasse preso no Quartel do Segundo Batalhão, onde ficou sob a guarda do Tenente Elias Rodrigues, que era o Oficial de Dia. Na manhã seguinte Paulo César foi liberado, depois de paga fiança, e em sinal de gratidão pela boa acolhida que recebeu no Quartel, presenteou o Tenente Rodrigues com uma camisa autografada.
        O jogo, realizado no Estádio Ernani Sátiro, com um público de mais de vinte e nove mil torcedores, foi muito disputado mais o Fluminense venceu por 2 X 0.  Em 1977 Paulo César compareceu à audiência de julgamento, foi condenado e recebeu o beneficio da suspensão condicional da pena.

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