Integração de gerações na PM da Paraíba: Oficiais de 1930/70

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A integração de gerações na PM da Paraíba é uma realidade de fácil constatação. Mesmo com os constantes avanços materiais e técnicos, ora mais lentos, ora mais rápido, o relacionamento profissional e pessoal dos integrantes dessa corporação não tem apresentado óbices ao seu natural desenvolvimento. Aqui vamos abordar alguns aspectos que podem ilustrar essa realidade.
A velocidade que tem caracterizado o desenvolvimento científico e tecnológico nas últimas décadas, e a permanente renovação dos costumes e valores morais, estão efetivando, a passos largos, a formação da denominada aldeia global. Esse processo, por vezes, provoca conflitos no convívio entre diferentes gerações, o que acarreta consequências de intensidades variáveis na vida de comunidades e instituições com reflexos para a sociedade como um todo e conduz ao desenvolvimento da humanidade.  Algumas atividades profissionais têm sido espaços primorosos para esses conflitos.
No âmbito da PM da Paraíba o relacionamento entre os integrantes de diferentes gerações tem sido historicamente construtivo. A formação militar, fundada em rigoroso respeito à hierarquia e à disciplina, condiciona os profissionais dessa instituição a manter um convívio de harmonia e respeito entre os componentes das diferentes gerações o que reduz a possibilidade de desarmonia entres elas. Essa situação, entretanto, não impede a permanente troca de experiências e conhecimentos entre esses profissionais que ingressaram na corporação em diferentes épocas, o que enseja a natural e salutar dialética do desenvolvimento da corporação. Assim, cada geração vai recebendo contribuições das anteriores e deixando sua parcela de contribuição para as gerações seguintes.
Esse processo é complexo e multifacetado embora transcorra de forma natural e, por vezes, quase imperceptível. Um elemento de elevada importância que deve ser levado em conta na análise desse processo são os sentimentos de companheirismo e camaradagem estabelecidos nos regulamentos como princípios a ser observado no âmbito da instituição em todas as circunstâncias. Aplicados de forma subliminar ou formal, nas diferentes atividades e fases da vida desses profissionais, esses princípios são, em regra, absolvidos por todos policiais militares ao longo da carreira e, por certo, constituem um importante fator agregador entre as diferentes gerações dessa corporação.
Entretanto esse fator, de tão elevada importância, tem pouca visibilidade não só pelos integrantes de própria instituição, mas, principalmente, pelo público externo à corporação.  Muitos policiais desconhecem a existência desses princípios regulamentares, como, por exemplo, o estabelecido no artigo 2º do Regulamento Disciplinar e seu parágrafo único que assim se expressa: “Art. 2º - A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da família policial-militar, cumprindo existir as melhores relações sociais entre os policiais militares. Parágrafo único – Incumbe aos superiores incentivar e manter a harmonia entre seus subordinados.”
O Estatuto do Pessoal da Corporação também estabelece normas sobre esse tema ao definir como umas das obrigações dos policiais militares o dever ético de “praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente o espírito de cooperação”.
Entretanto, o desconhecimento circunstancial dessas normas por parte de alguns profissionais, não chega a afetar a natural formação desses sentimentos que decorre do natural convívio na caserna e nas suas atividades operacionais.
 O efeito da conduta dos poucos que destoam desse estado de espírito são irrelevantes em relação aos imensuráveis benefícios obtidos pela corporação decorrentes do sentimento agregador da esmagadora maioria dos seus integrantes.
É evidente que, como em qualquer entidade pública ou privada, a disputa por espaços profissionais, sociais ou políticos, cada vez mais frequente nas últimas décadas, gere eventuais conflitos de interesses pessoais ou de grupos, sem, no entanto, provocar disputa que possam caracterizar desarmonia entre essas gerações. Não encontramos nos anais da Corporação elementos que possam configurar situações dessa natureza.
Um flagrante de uma solenidade realizada no final de 1960, em frente ao Quartel do Comando Geral (atual sede do Primeiro Batalhão), ilustra a presença de três gerações de Oficiais assim distribuídos:
 Nº 1 – Coronel Renato Macário de Brito – Oficial do Exército – Comandante Geral
 Nº 2 – Coronel Clodoaldo Passos Fialho – CAO de 1939
Nº 3 – Coronel Salustiano Serpa
Nº 4 – Coronel Manuel Câmara Moreira –  (Curso de Comandante de Pelotão na Escola de Sargento de Infantaria em 1935)
Nº 5 – Capitão Clodoaldo Monteiro de Franca – CFO de 1942
Nº 6 – Capitão Severino Amorim Pontes Amorim – CFO de 1944
Nº 7 – Capitão Airton Nunes da Silva – CFO 1942
N° 8 – 1º Tenente Ivanile Lordão – CFO 1954
Nº 9 – 2º Tenente Raimundo Cordeiro de Morais – CFO 1954
Nº 10 –Tenente  Sebastião Salustiano Serpa - CFO 1942
Nº 11 – 2º Tenente Jaime Emídio de Sousa – CFO 1958
Nº 12 – 2º Tenente Jorge Pereira de Lucena – CFO 1958
Nº 13 – 2º Tenente José de Souza Maciel – CFO 1958

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6 Comentários em "Integração de gerações na PM da Paraíba: Oficiais de 1930/70"

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MarilourdesSilveira
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Fico muito feliz em papai está entre os militares! Bjs! Sua mamãe Marilourdes

MarilourdesSilveira
Visitante

Vão minhas saudades!

Aluizio Silveira
Visitante

Sim… Cel. Passos Fialho

Aluizio Silveira
Visitante

Vovô Fialho…

Vera Lúcia de Oliveira
Visitante

Meu Tio João Franco de Oliveira foi músico da Banda de Música da Polícia Militar da Paraíba, por vários anos! Gostaria de saber como faço pra conseguir , a história dele e fotos dele durante sua permanência na Banda de Música!