Galeria de Presidentes da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças PM/BM da PMPB

Compartilhe!

 

        A Galeria de Presidentes da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças PM/BM da PMPB é um instrumento que essa instituição utiliza para homenagear seus Presidentes e registrar parcela da sua história. Como essa instituição já conta com mais de oitenta anos de criada e a sua galeria conta com apenas  com cinco Presidentes, é necessário um esclarecimento sobre esse fato. É isso que vamos fazer neste artigo através da exposição de dados sobre a história da Caixa e dos Presidentes que constam na Galeria.

       Para uma melhor compreensão da lista dos Presidentes da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças PM/BM da PMPB é necessário se conhecer um pouco da história dessa instituição. Portanto, antes de expor alguns dados sobre os Oficiais que já presidiram essa entidade, vamos fazer uma síntese histórica dessa instituição

       No dia14 de fevereiro de 1936 o Coronel Delmiro Pereira de Andrade, Comandante Geral da PM/PB, determinou que uma Comissão composta por Oficias desenvolvesse estudos para criação de um órgão destinado a prestação de assistência social aos integrantes da Corporação. Com base nesses estudos, no dia 31 de dezembro de 1936 foi criada a Caixa Beneficente de Oficiais e Praças da Polícia Militar da Paraíba como um órgão integrante da estrutura da Corporação e funcionando em uma sala no Quartel do Comando Geral. O Comandante Geral era o Presidente do Conselho Deliberativo e o Subcomandante o Diretor Executivo.  Esa entidade funcionava em uma sala no interiro do Quartel do Comando Geral e  em 1971 passou a ocupar sua sede própria, na Avenida Padre Azevedo 457, prédio ao lado do Quartel onde funcionava o Comando Geral da Corporação, e atualmente é sede do 1º Batalhão de Polícia Militar.

     A transformação da Caixa em Pessoa Jurídica de Direito Privado, ou seja, sua autonomia como instituição ocorreu em duas fases. Em 1976, no comando do Coronel Adolpho Fernandes de Lira Maia, ocorreu uma modificação no Estatuto que permitiu que o Diretor e o Vice-diretor Executivo fossem eleitos pelos sócios, mas o Presidente do Conselho Deliberativo continuava sendo o Comandante Geral. Dessa forma o Coronel Airton Nunes da Silva foi eleito, em 31 de dezembro de 1976, através de eleições sucessivas permaneceu nessas funções até 31 de dezembro de 1980. 

  A segunda fase da independência da Caixa se deu em 31 de dezembro 1979, quando o Comandante Geral era o Coronel Severino Talião de Almeida, Oficial do Exército, que resolveu não assumir a Direção do Conselho Deliberativo, o que levou a Caixa a elaborar um novo Estatuto e fazer eleições para escolha de todos seus dirigentes, o que lhe conferia total independência. 

      A partir de então a Caixa foi dirigida, sucessivamente pelos seguintes Coronéis: Marcílio Pio Chaves ( 2 de janeiro de 1980 a 5 de janeiro de 1991); Ednaldo Tavares Rufino (5 de janeiro de 1991 a 5 de fevereiro de 1991); Américo José Estrela Uchôa (5 de fevereiro de 1991 a 31 de dezembro 1996) e Maquir Alves Cordeiro (31 de dezembro de 1996 a 31 de dezembro de 2016).

            Galeria dos Presidentes da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças PM/BM da PMPB

                     Airton Nunes da Silva

  (31 de dezembro de 1976 a 31 de dezembro de 1979)

        Airton Nunes da Silva nasceu no dia 15 de fevereiro de 1916, em Aliança (PE) e ainda muito jovem ingressou na PM em 9 de janeiro de 1935. Concluiu o primeiro Curso de Formação de Oficias que funcionou na Paraíba, em 1942. No decorrer das décadas de 1940 e 1950 foi Aspirantes, Tenente e Capitão, sempre prestando serviço na Capital. Em 1960 foi promovido a Major e em 1967 a Tenente Coronel.

      Foi Presidente da Caixa Beneficente de 1976 a 1980. Nesse período a Caixa começou a formar seu patrimônio, e a formação de um fundo para garantir o pagamento dos pecúlios.

     O Coronel Airton era um homem apto às atividades burocráticas, de conduta pessoal e social ilibadas, discreto, de poucas palavras, muito querido pelos seus companheiros e muito dedicado às suas funções na Caixa Beneficente.

        Marcílio de Queiroz Chaves (31 de dezembro de 1980 a 31 de dezembro de 1991)

      Marcílio Pio de Queiroz Chaves nasceu em 11 de dezembro de 1937, em João Pessoa, e ingressou na PM/PB em 10 de outubro de 1956 para frequentar o Curso de Formação de Oficiais concluído em 25 de janeiro de 1958. No mesmo ano foi Aspirante a Oficial e 2º Tenente. Em 1964 foi Capitão e nesse Posto fez o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais na Polícia Militar de Minas Gerai em 1965, Promovido a Major em 1968, e a Tenente Coronel em 1973, ele voltou à PMMG, em 1975, para fazer o Curso Superior de Polícia.

     Objetivando ampliar seus conhecimentos profissionais, Marcílio concluiu o Curso de Direito e chegou ao ápice da sua careira policial militar em 25 de dezembro de 1978 quando alcançou o Posto de Coronel. Ao atingir trinta anos de serviço e oito anos no posto de Coronel, Marcílio passou para a reserva remunerada no dia 25 de dezembro de 1986.

      Entre as importantes funções que exerceu podemos destacar, que ele foi Delegado de Polícia Civil em Pombal e Campina Grade, Comandou o 1º Batalhão da Polícia Militar, foi Diretor do Detran, Subcomandante Geral e Diretor de Apoio Logístico.

     Dotado de um elevado espírito de liderança, Marcílio exerceu um importante papel na condução dos interesses da Corporação e em defesa dos seus integrantes. Nessa condição ele Presidiu o Clube dos Oficiais por dois anos e a Caixa Beneficente por onze anos. Ainda com esses objetivos, Marcílio enveredou pelos caminhos da política onde foi candidato a Prefeito em Pombal, e a Vereador em João Pessoa, aonde chegou a assumir o cargo.

      Dotados de comprovada aptidão para a vida policial militar, dois dos filhos de Marcílio Chaves (Kelson e Euller) também ingressaram na PM/PM e chegaram ao Posto de Coronel e ao exercício das funções de Comandante Geral.

    Durante o seu período na direção da Caixa Beneficente, em 1988 ele conseguiu, através do Prefeito da Capital o Dr. Carneiro Arnaud, a doação de  terrenos no Cemitério Boa Sentença, onde posteriormente foi construído o Mausoléu dos Policiais Militares. No mesmo ano também foi doado à Caixa o terreno onde depois foi construída a área de Lazer, no bairro de Manaíra. Mas, a mais importante obra do Coronel Marcílio na sua gestão na Caixa foi a construção da sua sede atual, na Rua das Trincheiras.

            Ednaldo Tavares Rufino (5 de janeiro de 1991 a 4 de fevereiro de 1991)

        Nascido em 25 de outubro de 1945,em João Pessoa, Ednaldo Tavares Rufino ingressou na PM/PB em 11 de março de 1965, passando a integrar a primeira turma da Paraíba a fazer o Curso de Formação de Oficiais fora do Estado, o que ocorreu na Polícia Militar de Pernambuco e foi concluído em 2 de setembro de 1967. Naquela mesma década Rufino foi Aspirante, 2º e 1º Tenente. Em 1971 ele foi promovido a Capitão e no mesmo ano fez o Curso Geral de Polícia nos Estados Unidos.

       Ainda nesse posto, ele fez o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em 1973, na Polícia Militar da Bahia. Promovido a Major em 1977 e depois de fazer o Curso Superior de Polícia em 1981, no Rio Grande do Sul, Rufino alcançou, pelo critério de merecimento, o Posto de Tenente Coronel em dezembro daquele ano. Em 1986 Rufino chegou ao Posto de Coronel.

    Com formação jurídica e reconhecida capacidade técnica e intelectual, Rufino exercia uma considerável parcela de liderança no âmbito da Corporação e gozava de elevado conceito no meio social e político. No final de 1988, em meio a uma grave crise no alto comando da Polícia Militar decorrente de desentendimento entre os Coronéis e o Comandante Geral, que era um Oficial do Exército, o nome de Rufino figurou como um possível comandante, o que não veio a ocorrer. Mas no ano seguinte ele foi nomeado Subcomandante geral.

      No exercício dessas funções a liderança de Rufino foi ampliada e em setembro de 1990 ele se candidatou a Presidente da Caixa Beneficente. A disputa foi com o Coronel Marcílio Chaves, que já contava com onze anos na direção da Caixa. Essa foi a mais disputada eleição dessa entidade até então. Rufino foi eleito e seu vice-presidente era o Coronel Américo José Estrela Uchôa. Tomaram posse no dia 6 de janeiro de 1991.   No dia 5 de fevereiro de 1991 Rufino faleceu acometido de um AVC que sofreu três dias antes. Esse fato causou uma grande comoção para todos os integrantes da Polícia Militar.

       Américo José Estrela Uchôa

(5 de fevereiro de 1991 a 31 de dezembro de 1996)

        Nascido em 28 de junho de 1947, em João Pessoa, Américo José Estrela Uchôa ingressou na PM/PB em 6 de março de 1968 para fazer o Curso de Formação de Oficiais que foi realizado na Polícia Militar de Pernambuco. Américo Uchôa foi promovido a Aspirante, 2º e 1º Tenente e Capitão no decorrer da década de 1970. Ainda no posto de Capitão foi Comandante do Centro de Instrução que era sediado onde atualmente está instalado o Batalhão de Trânsito. O seu Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais foi realizado na PM/MG, em 1980.

       Nesse mesmo ano Américo Uchôa fez o Curso Avançado de Trânsito, na Universidade de Brasília. Foi promovido a Major em 1981 e em 1984 fez o Curso de Informações na Escola Nacional de Informações, em Brasília, e ao voltar, no ano seguinte, foi Assessor Militar na Secretaria de Segurança Pública. Promovido a Tenente Coronel em 1986, fez o Curso Superior de Polícia, em 1998, na Polícia Militar de Santa Catarina.

    Entres as mais importantes funções exercidas na Corporação podemos citar: Comandante do 2º, 3º e 4º Batalhões, Comandante do Centro de Ensino, Diretor de Ensino, Diretor de Pessoal, Assistente do Comandante Geral, Assessro do Presidnete do Tribunal de Justiça, Subcomandante Geral e Comandante Geral. Recebeu o título de amigo da Marinha, concedido pela Capitania dos Portos de Paraíba, o título de cidadão da cidade de Patos, e a Medalha Elísio Sobreira, outorgada pela PM/PB. Em 6 de março de 1998 Américo Uchôa, deixou o Comando da Corporação e passou para a reserva remunerada em razão de ser candidato a Deputado Federal.

        Américo Uchôa foi eleito Vice Presidente da Caixa Beneficente em setembro de 1990, na chapa que tinha como Presidente o Coronel Ednaldo Rufino. Com o falecimento de Rufino no dia 6 de fevereiro de 1991, Américo Uchôa assumiu a presidência da Caixa. Reeleito em 1993, ai permaneceu até 31 de dezembro de 1996. Durante esse período ele manteve em funcionamento todas as atividades Caixa e implantou algumas melhorias na sede administrativa.  Nessa gestão foi criada e instalada a Casa do Policial Militar, na Rua Borja Pelegrino, Centro João Pessoa. Registramos ainda as seguintes realizações; aquisição de uma ambulância para prestação de serviços aos associados; reforma do gabinete odontológico e implantação de serviços médicos nas áreas de ortopedia e psiquiatria.

              Maquir Alves Cordeiro

(31 de dezembro de 1996 a 1 de janeiro de 2016)

        Natural de Teixeira onde nasceu no dia 16 de fevereiro de 1944, Maquir Alves Cordeiro ingressou na PM/PB em 28 de janeiro de 1966. Foi Soldado, Cabo, 3º e 2º Sargento. No período de 1971 a 1973 ele fez o CFO, na PM/PE. A carreira de Maquir, de Aspirante a Capitão se deu quando ele prestava serviços operacionais no 1º Batalhão.

     Em 1978 ele concluiu o Curso de Bioquímica na UFPB. Em 1985 ele fez o CAO, na PM/RJ, se habilitando legalmente para a promoção de Major, o que ocorreu em 1986. Nesse mesmo ano ele frequentou o Curso de Especialização em Administração Hospitalar, em São Paulo.

      No ano seguinte foi transferido para o Quadro de Saúde da PM/PB, onde foi promovido a Tenente Coronel e nesse Posto assumiu a Direção do Hospital Edson Ramalho no período de 1992 a 1995.

      No decorrer de 1996 Maquir fez o Curso Superior de Polícia no PMMG e no final daquele ano foi promovido ao Posto de Coronel e passou para a reserva remunerada

     Em setembro de 1976 Maquir, que já havia dirigido o Clube dos Oficiais por seis anos (1990/1976) foi eleito como Presidente da Caixa Beneficente, tendo como concorrente o Coronel Américo Uchôa, que já dirigia a Caixa desde 1991. A posse dele ocorreu no dia 31 de dezembro de 1976.

      Eleito sucessivas vezes, através de eleição ou de aclamação por disposição estatutária, Maquir dirigiu a Caixa Beneficente até dezembro de 2016, portanto por 20 anos.

       Durante esse período a Caixa Beneficente, assim como a demais entidades representativas dos Policiais Militares, passou a desempenhar um papel de caráter sindical, promovendo ações destinadas a defender os direitos dos seus associados, quer através de manifestações políticas quer através de ações judiciais. No campo administrativo foram criadas ou ampliadas diversas formas de prestação de serviço aos associados, como assistência jurídica, serviços de odontologia, atendimento psiquiátrico e convênios com clínicas diversas. Mas a mais importante obra material da administração de Maquir foi a construção de uma ampla e luxuosa sede social, na praia do Bessa, destinada a promover atividades de lazer para os associados e seus familiares e que foi inaugurada no dia 21 de abril de 2004.

  Veja também A fundação da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças da Polícia Militar   Clube dos Oficiais: forjado para lutas     Coronel Delmiro Pereira: O criador da Caixa Beneficente de Oficiais e Praças da PM/BM da Paraíba

Compartilhe!


Deixe um comentário

Seja o Primeiro a Comentar!

Notificação de
avatar