Falta de obstáculo físico para separar torcidas

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      A falta de obstáculo físico para separar torcidas nas arquibancadas nos estádios  da Paraíba dificulta em muito a execução do  policiamento interno, ainda indevidamente  executado pela Polícia Militar

         Acompanhei, sempre no meio da torcida, os jogos do Botafogo no campeonato Paraibano, e nas disputas da série “D”, até a partida final, realizada neste domingo 3  de novembro. Em todos esses eventos testemunhei o bom trabalho feito pela Polícia Militar. Essa tarefa foi facilitada pela ausência, ou reduzido número de torcedores rivais, o que não tira o mérito da Polícia Militar.
       Mas, um problema que existe no Estádio José Américo de Almeida, o “Almeidão”, assim como no Estádio Ernani Sátiro, o “Amigão“, em Campina Grande, desde a construção dessas praças de esporte, e que muito dificulta o trabalho da Polícia, é a falta de obstáculos físicos para separar as torcidas no setor de arquibancadas.
        Parece-nos, inclusive, que a Paraíba é o único Estado onde esse fato ocorre. A falta dessas barreiras físicas acarreta na necessidade de a Polícia Militar fazer cordões de policiais para isolar as torcidas. Quando a rivalidade entre as torcidas é grande a efetivação desse isolamento não oferece a segurança suficiente para evitar a possibilidade de atritos entre torcedores. Nesses casos, a própria segurança dos policias que executam esse trabalho fica comprometida.
      Nos jogos que aqui mencionamos tudo deu certo. Mas agora o Botafogo, com sua torcida muito motivada, vai disputar jogos da série “C”, onde provavelmente também estarão participando Clubes de Pernambuco. Imaginemos um jogo entre Botafogo e Sport ou Náutico.
       O Almeidão tomado pela torcida local, empolgada com os últimos resultados do time. A torcida visitante, que é muito numerosa e não é tão amistosa como as dos Clubes que o Botafogo enfrentou na Série “D”, separada da torcida local, por um cordão formado por policiais. É uma situação tensa, que pode ser evitada.
     Nessas atividades a Polícia emprega uma grande quantidade de policiais que poderiam ser utilizados em outras tarefas.
            Será que na reforma que está em andamento no Estádio Almeidão está previsto a colocação de obstáculos físcos para separar as torcidas nas arquibancadas? Parece-nos que essa é uma questão que poderia ser provocada pelo Comando da Polícia Militar e pelo Ministério Publico. A situação do Amigão e dos demais Estádios na Paraíba é idêntica.
       Outra questão pertinente ao policiamento nos nossos Estádios é o seguinte: Em outros Estádios como, por exemplo, na Arena Pernambuco, um dos mais modernos do Brasil, a segurança interna é privada. A Polícia só atua até as catracas dos portões de entrada. Daí para frente tudo é feito por segurança privada. Afinal de contas, um jogo de futebol profissional tem fins lucrativos para os quais a Polícia Militar não tem o dever de contribuir.
        Em um jogo como a final do campeonato da série “D”, realizada neste dia 3 de outubro de 2013, quando o Botafogo se consagrou campeão, a Polícia Militar deve ter empregado mais de 300 homens e mobilizado muitos meios materiais.   É justo o erário público custear o emprego de todos esses recursos em uma atividade eminentemente privada? Na essência, há diferença entre uma partida de futebol profissional, portanto com entrada paga e um show artístico?
   Então? Se não executamos policiamento em show artístico, sob a alegação de que se trata de uma atividade privada, por que prestamos segurança na parte interna dos Estádios?
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